No fundo a não existência
do que queríamos ser
diluiu do amor a essência;
acabei por me perder
nos labirintos dessa demência
de te querer mais que ver.
Dorme a cidade dos desalentos,
eu acordado como a lua,
eu já sem sentimentos:
a minha vida é agora tua.
Tu, que não sabes dessa vida,
repousas de olhos fechados,
de olhos amados
por essa vida foragida.